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Exposição
David Adamo @ PIVÔ RECEBE a galeria Mendes Wood
02/03 - 23/03/13
Livre
TER - SEX:12 - 18h, SAB: 12h - 14h

A partir do dia 2 de março até o final do mês,o norte-americano David Adamo (1979, Rochester, New York) apresenta seus trabalhos no primeiro andar do espaço do PIVÔ.

A mostra faz parte do programa “PIVÔ ACOLHE” que apresenta projetos externos com afinidades conceituais aos ideais do Pivô. A exposição de David Adamo foi proposta da galeria Mendes Wood, dando continuidade à parceria iniciada na mostra inaugural do Pivô “Da próxima vez eu fazia tudo diferente”. A colaboração com outras instituições e agentes da cena cultural tem intuito de promover um lugar de encontro de diferentes olhares e reflexões sobre a criação contemporânea.

 

“Adamo é conhecido por sua abordagem humorística e simpática da escultura, que através de uma série de redimensionamentos, relocações, e revelações inscreve matérias-primas e ready-mades com um sentimento de intimidade, personalidade e uma estranheza frequentemente comovente. A experiência de suas instalações varia de uma sensação de música no silêncio ao significado em objetos que perderam seu valor de uso. Adamo tem também uma prática de peformance estabelecida e formação em dança, que ele traz para a sua escultura enfatizando o corpo, o espaço, o movimento e a emoção. A emoção é aparente em sua série de perfomances “Museu, Museu”. Em 2007, para a Bienal Performa em Nova York, ele passou um dia em pé de em frente da pintura de John Singer Sargent “Madame X” no Metropolitan, um gesto de reverência simples e silenciosa para a experiência inefável de uma obra de arte. Mais recentemente, em uma performance de 2011 no Bergen Kunsthalle na Noruega, Adamo passou uma noite no museu improvisando em um piano em solidão total.

Em uma nova instalação feita no Brasil, Adamo criou uma coleção de pilares delicadamente talhados, a partir de um conjuntode toras de cedro vermelho do mesmo porte, aproximadamente na escala do corpo humano. Em um primeiro momento, o espectador é atingido pela fisicalidade do processo. Os densos blocos de madeira foram trasformados através de força e de gasto calórico em uma espécie de fragilidade robusta, cernes cinzelados e estruturas expostas, seus restos reunidos ao redor deles.

Arranjados intuitivamente no espaço da galeria, as esculturas imediatamente evocam minimalismo e arte popular. A escolha do cedro – valorizado por suas qualidades de  durabilidade, de repelir insetos e usado na fabricação de objetos tão variados quanto canoas e beirais de telhados – é um reconhecimento a longa tradição de carpintaria. O uso de técnicas tradicionais e ferramentas como o enxó evocam um sentido de trabalho, talento, habilidade e ofício de lavrar, levantar, talhar. A organização das toras na galeria também reflete a preocupação de David Adamo com a especificidade material e espacial do objeto escultural. Em sua dispersão por todo o espaço, as esculturas envolvem a arquitetura da galeria, ativando cantos e idiossincrasias.

Embora próximos da abstração, os pilares são marcadamente antropomórficos, como se Adamo os tivesse dotado de um temperamento. Aqui, uma meia colorida adorna a testa de uma escultura minimalista; lá, uma camiseta pintada secciona um pequeno bloco de madeira. Algumas peças estão deitadas, algumas estão em pé e outras quase fazendo uma pirueta. Como se para sublinhar o absurdo original deste encontro de indivíduos, um trem modelo corre no teto. Esta sensibilidade provoca uma resposta emocional do espectador, que paira em algum lugar entre a narrativa e a abstração.

David Adamo nasceu em Rochester, NY, EUA, em 1979, viveu e trabalha em Berlim desde 2008.  Ele participou de diversas mostras coletivas incluindo “No Sense of Place”, Bergen Kunsthall, Bergen, Norway; KW Instituto de Arte Contemporânea, Berlin, Alemanha; Whitney Biennial no Whitney Museum of American Art, Nova York, EUA; Greater New York no MoMA PS1, Nova York, EUA. Exposições individuais mais recentes incluem Kunstverein Bielefeld, Alemanha; Basílica de Santa Maria Maggiore, Bergamo, Itália e Kunsthalle Freiburg, Alemanha.”

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