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14:24 - 17/10/2023
ULTIMA ATUALIZAÇÃO::
Em paralelo à itinerância de Oriana, realizada no Argos (Bélgica), Pivô realiza mostra de vídeos na Galeria Vitrine em diálogo com a instituição

Nos últimos meses, Fernanda Brenner, diretora artística do Pivô e Niels Van Tomme, curador do Argos, colaboraram com Santiago Munõz na criação de uma nova versão instalativa de Oriana, o primeiro longa-metragem da artista de 2022. Após uma apresentação inicial no Pivô em São Paulo, Santiago Munõz filmou cenas extras e estas foram adicionadas ao material original, criando uma experiência audiovisual intrincada através dos dois andares do edifício Argos.

Como desdobramento da mostra, realiza-se uma mostra de vídeos, que ocorre na Galeria Vitrine e também na instituição que recebe a itinerância, como parte do programa argos tv@. O programa de vídeos reúne a produção de artistas que, de certo modo, dialoga com a pesquisa de Beatriz Santiago Munõz.

A mostra ocorre entre os dias 2 e 27 de março no Pivô.

Abaixo, a sinopse dos trabalhos, que serão mostrados simultaneamente no espaço.

Ursula Biemann. Writing Desire

Writing Desire é um trabalho sobre a relação entre palavras e corpo e a criação do desejo. O vídeo, de ritmo acelerado, associa o desejo romântico e sua escrita, por meio de tecnologias de comunicação eletrônica, à crescente desencarnação da sexualidade e das relações de gênero comercializadas. O mercado de noivas em expansão surge como um site onde a troca virtual e física de corpos convergem. O vídeo examina as diferentes subjetividades produzidas através deste intercâmbio tanto no mundo industrial quanto nos países pós-socialistas e do sudeste asiático e analisa seus respectivos desejos.

As tecnologias de comunicação eletrônica desafiam as fronteiras entre a fantasia privada e a esfera pública. Neste espaço eletrônico comprimido, a noção de eu passa por transformações que também afetam as questões de fronteiras, gênero e relações sexuais. O trabalho vincula a criação do desejo romântico através da escrita à produção do desejo na cultura do consumidor. O mercado de noivas em geral, e o mercado virgem em particular, são evidências da capitalização da relação sexual na Internet. russian.bride.com, tigerlililies.com e blossoms.com estão entre os muitos sites que anunciam um grande número de mulheres da ex-União Soviética e das Filipinas para a comunidade masculina global.

 

Lazara Albear Rosell. Yoko Osha Chapter III or The first day is the day of the river 

O terceiro e último capítulo da trilogia Yoko Osha. “Making Saint” é um retrato autoetnográfico, sensorial e multicamadas de Santeria ou Regla de Osha (As regras dos deuses); a religião afro-cubana, importada à força da África Ocidental com o comércio de escravos e falsamente sincrética para a sobrevivência. Não mais punida pelo governo, a prática é ainda mais florescente, pois a situação socioeconômica da ilha continua precária para a maioria da população. Como proposto nos capítulos anteriores, Lazara Rosell Albear passou pela cerimônia de iniciação de 7 dias. Uma coroação, um renascimento, um evento altamente performativo. No filme, elogia-se o corpo como uma linguagem, espontaneidade e improvisação.

 

A pandemia é colocada em espera, e a maior parte do filme foi filmada em Bruxelas e Gent, explorando os rituais e os estados de ser a que eles conduzem. Transitando em transe e controle, imagens fixas e em movimento, a artista é ao mesmo tempo participante e espectadora das cerimônias que documenta. Uma meditação convincente e não convencional que revela o profundo envolvimento com suas raízes e a relação com sua prática artística.

 

Annabelle Aventurin. Le Roi n’est pas mon cousin 

A autora do livro Sunny Karukera, Stranded Guadeloupe (1980), Elzea Foule Aventurin, engajou-se, em 2017, em uma série de entrevistas com sua neta, a cineasta Annabelle Aventurin. Juntas, elas traçam – não sem mal – uma história familiar, navegando de um lado do Atlântico negro para o outro. Uma história de silêncio, orgulho e revolta.

Ardélia Istarú. PRUEBAS

“Em 1982, acompanhando meu pai a Paris, minha mãe costarriquenha enviou uma série de cartas a seus pais quando chegou à capital francesa. Quarenta anos depois, encontrei estas cartas e revisitei uma história cheia de dor para entender melhor minha própria chegada no continente.”

 

QUANDO

02 de março até 26 de março

Quarta a sábado, 11h às 19h.

 

ONDE

Galeria Vitrine do Pivô

 

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