Uma abelha, fogos de artifício, printscreens de dir
Em “Só sei me transformar, apenas não sei em que”, o artista se vale dos limites da programação dados pela plataforma do Pivô e traz um acúmulo que se dá verticalmente; a cada dia um gif feito a partir da colagem de imagens com procedências diferentes será postado. Algumas imagens foram fotografadas pelo artista e trazem até mesmo o seu corpo, ao passo que muitas outras foram apropriadas de diferentes fontes.
A pesquisa de Eduardo Montelli joga com a noção de absurdo, humor ácido e consegue tanto nos fazer refletir sobre o hiperestímulo das redes sociais, quanto fazer a manutenção de nossas ansiedades. Se Kurt Schwitters, em sua célebre “Merzbau” (1927-1937), se interessava pelo espaço instalativo e por aquilo que era refugo da industrialização crescente, Montelli tem se dedicado a criar arquiteturas provisórias no campo da internet e colagens com isso que costumamos chamar de lixo eletrônico. O que faz com que enxerguemos algumas imagens como dejeto e outras como afeto?