Como parte do programa de residências Pivô Pesquisa 2022, o evento Campo Aberto reúne entre os dias 2 e 10 de abril os desdobramentos dos processos individuais e das discussões coletivas realizadas durante o primeiro ciclo do ano. Durante o período do Campo Aberto o espaço da residência permanecerá aberto ao público visitante.

O Ciclo I, realizado entre 26 de janeiro e 23 de abril, tem participação de Ana Clara Tito, Adriana Vignoli, Alexandre dos Anjos, David Bergé, Ilê Sartuzi, Maíra Dietrich, PRICE, Rainha F., Ulrik López, e acompanhamento curatorial de Marília Loureiro.

A programação conta também com atividades propostas pelxs artistas residentes como a projeção do filme manequins / copan, de Ilê Saturzi, uma ativação da coleção Paramentar criada por Alexandre dos Anjos, além de outras atividades relacionadas ao programa de exposições da instituição, como a performance sonora proposta para Júlia Rocha, para a 4ª edição do Pivô Satélite, a projeção do filme Themônias (2021), de Rafael Bqueer, e o lançamento do livro Dado Firme, produzido pelos pesquisadores Ivonne Villamil e Ivar Rocha, que reúne o material de arquivo e gráfico da poética anarquista de José Oiticica.

PROGRAMAÇÃO

02/04 – sábado (das 13-19h)

Ateliês Abertos

Local: ateliês do Pivô Pesquisa

Abertura da exposição Sonia Gomes+Juliana dos Santos

Local: Galeria Vitrine

16h

Júlia Rocha – artista convidada Pivô Satélite

vendo o quê é uma ação sonora coletiva e em movimento feita para o espaço físico do Pivô que introduz a participação da artista Júlia Rocha no programa digital Visita Guiada, a edição #4 do Pivô Satélite curada pelo aarea. Visita Guiada é um programa curatorial que estabelece correspondências entre os espaços físicos e digitais do Pivô.

A ação tridimensional é realizada por Júlia com a participação dos artistas e dos codiretores da peça imagine (2019) –  Beatriz Sano, Eduardo Fukushima, Isabel Ramos Monteiro,Claudia Piassi, João Reynaldo, Luann Dias, Rafaella Freitas, Vinicius Brasileiro.

Local: Espaços expositivos e ateliês do Pivô Pesquisa

18h

Ilê Sartuzi – artista residente Pivô Pesquisa

manequins / copan é uma projeção de vídeo em dois canais que se desenvolve dentro do espaço delimitado do interior do edifício Copan, em São Paulo. Enquanto um dos canais apresenta uma câmera subjetiva que busca se relacionar com as manequins, bastante degradadas das características lojas kitschs do prédio, o segundo canal do vídeo, acompanha o movimento de uma câmera fantasmagórica que percorre as galerias do edifício, flutuando pelas suas curvas.

Local: Galeria do Copan (ao lado da escada de acesso ao Pivô/ portaria bloco B)

03 e 05.04 – das 15-18h

Adriana Vignoli – artista residente Pivô Pesquisa

Em O que está em cima é como o que está em baixo, a artista propõe um ambiente de encontro e convida os visitantes do Pivô a tomarem um chá feito de casca de ipê-roxo na varanda do Copan. A planta, tão presente na flora do Planalto Central, é usada para manter o nosso organismo em equilíbrio.

Local: Ateliê da artista

07.04 – 18h

Exibição do filme “Themônias”de Rafael Bqueer

O filme reúne quatro curta-metragens com ações performáticas realizadas pelo coletivo das THEMÔNIAS nas cidades de Belém e Manaus. Uma sequência de cenas que abordam questões sobre política, ativismo LGBTQIA+ e as subjetividades desse grupo que a quase uma década vem revolucionando a cena artística contemporânea da Amazônia. A realização do filme foi comissionada pela revista ZUM. Após a exibição haverá uma conversa com a artista.

Local: Biblioteca do Pivô

08.04 –  17h00

Lançamento do livro DARDO FIRME

O livro produzido pelos pesquisadores Ivonne Villamil e Ivar Rocha reúne o material de arquivo e gráfico produzido ao longo de cinco anos de trabalho focado no livro A Doutrina Anarquista ao Alcance de Todos, 1925, de José Oitica. Participam deste encontro de lançamento César Oiticica Filho, diretor do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica e Jorge Salum, editor do selo Hedra. O lançamento conta com o apoio do projeto Desapê.

Local: Biblioteca do Pivô

09.04 – 12-18h (capacidade 20 pessoas)

PRICE – artista residente no Pivô Pesquisa

 Eu Provo Minha Língua (sequências) [I Try My Tongue]

ativação vocal coletiva acompanhada por um guitarrista e um baixista

Esta oficina é realizada por PRICE e se destina a pessoas que experimentaram a opressão estrutural e sistemática de ter uma voz. Um workshop para humanos que gostariam de entrar em um estado de ter uma voz fora do ter-que-fazer sentido neste mundo. Um workshop para humanos que gostariam de entrar em um estado de escuta sem direção ou palavras. Nenhum conhecimento musical ou vocal prévio é necessário.

Como reação ao gesto de decompor os símbolos do cheiro de uma rosa, eu gostaria de realizar uma oficina onde a linguagem vocal seja desestabilizada na produção de seu significado. Um espaço onde exploramos significados melódicos, (harmônicos e dissonantes) além das palavras, através de um coro de improvisação sonora coletiva que se ouve enquanto se produz o som através da voz.

Não devemos tomar por certo que cada um tem uma voz, e recebe espaço para sua própria voz. É um ato de liberdade que precisa ser praticado. O que nos faz falar? O que está em relação a falar? Quais são os valores das palavras hoje?

Em minha prática vocal, testo propositalmente as palavras (palavras em inglês) como um meio lírico, dissolvendo suavemente a forma da fonética até que uma elegante ambigüidade se infiltre nas palavras como um ato de provocação contra a hegemonia internacional da língua. Deliberadamente evitando o literal. Desejo deixar em aberto a interpretação subjetiva, fazendo perguntas para cada ouvinte responder de forma diferente a si mesmo.

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